domingo, 28 de fevereiro de 2010

A menina que roubava livros

"Ela simplesmente já não se importava.
Durante muito tempo, ficou sentada e viu.
Ela vira seu irmão morrer com um olho aberto, o outro ainda no sonho. Dissera adeus à mãe e imaginara sua espera solitária de um trem, de volta para o limbo. Uma mulher de arame tinha-se deitado no chão, com seu grito percorrendo a rua, até cair de lado, como uma moeda rolada que houvesse perdido o impulso. Um rapaz pendera de uma corda feita das neves de Stalingrado. Ela vira um piloto de bombardeiro morrer numa caixa de metal. Vira um homem judeu, que por duas vezes lhe dera as mais belas páginas de sua vida, ser forçado a marchar para um campo de concentração. E, no centro de tudo, viu o Führer berrando suas palavras e passando-as adiante.
Essas imagens eram o mundo, que cozinhavam em fogo brando dentro dela, sentada ali com os livros encantadores e seus títulos manicurados. Fermentavam dentro dela, enquanto a menina olhava as páginas, com suas panças cheias até o gorgomilo de parágrafos e palavras.
Seus cretinos.
Seus cretinos encantadores.
Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados. Olhem para este arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada. Não quero rezar para que Max esteja vivo e em segurança. Nem Alex Steiner.
Porque o mundo não os merece."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes ...Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: - E daí? eu adoro VOAR! O escondido pra mim é bem melhor, e o perigoso é divertido. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Também sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando as costas, o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem paz pra minha vida. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."
"(...)Me dá raiva quando penso no que não vai acontecer. Me dá raiva pensar nas flores e nos dias de sol. Nos teus beijos, e em tudo que eu tinha sonhado pra nós. Os teus olhos, e mãos, e teu abraço protetor; é o que vai me faltar. Me dá raiva não saber o que fazer deste amor.

Mas o que me dá mais raiva nisso tudo, é quando meu coração dispara ao te ver. É quando me derreto com com tuas maõs tocando minha nuca. É quando acredito nas tuas palavras vigaristas, é quando te ligo de volta quando você desliga. Me dá raiva sentir saudade depois de cada despedida, saber que não vou te esquecer. Me dá raiva desse meu amor eloquente, sem razão, sem fronteiras. Raiva de saber que acabou. E me dá raiva, não ter raiva de ti, nem só por um segundo, nem só por ter raiva."

domingo, 14 de fevereiro de 2010

És presença. E, mesmo quando és ausência, és muito mais do que saudade. És vontade de ver de novo, de ver mais, de ver mais de perto, ver melhor. E tocar, de modo que, cada toque, eu tenha um pouco mais de ti em mim, para que não haja mais ausência. Te encontrar virou apenas uma questão de fechar os olhos.
Tenho confundido 'eu' com 'nós'. Mas essa confusão só me acontece porque eu tenho certeza de tudo que eu sinto. E o que eu sinto é o tal do amor. Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre do teu rosto.

Beeshop

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ele entrou na sua vida justamente quando você estava se sentindo sozinha e vulneravel. Ele apareceu e fez você se sentir especial, fez você esquecer os problemas, foi o teu porto seguro. Um sentimento dentro de você começa a nascer e a cada conversa, cada abraço, cada dia, esse sentimento ganha força, muita força, força o suficiente para que você perceba que se você o perder, perderia uma parte de si, agora ele faz parte de você. Dias se passam e você percebe que realmente o ama, o ama com tal intensidade que até então desconhecia. Vocês vivem um ano de pura diversão, amor, sonho... Até que ele conhece outra garota, alguem que o faz sentir diferente, alguem que com certeza não é você. Vocês terminam, ele supera rápido, você sofre. Sofre como nunca havia sofrido por alguém. Não sente mais fome, não sai mais de casa, não quer ver ninguem... Mas como você é obrigada a estudar, você vai a escola mas sem vontade alguma. Você disfarça na frente dos outros mas sozinha, no seu refugio, você chora. Chora com vontade pois lembra que o amor da sua vida, nesse momento, esta com outra, tal garota que lhe substituiu. Passam semanas, meses, anos.. Você tenta esquece-lo com outros garotos mas ninguem tem o cheiro que ele tem, nenhum outro menino lhe trata com o carinho que ele lhe tratava, você procura desesperadamente apaga-lo de sua memoria mas ele insiste em permanecer na sua lembrança, ele permanece no seu coração, dentro de você...
Mas um dia esse sofrimento teve um fim. Demorou, mas você percebeu que sofrer por alguém que não merece nenhuma lágrima sua é besteira. Finalmente você decide viver.
Passam mais alguns anos e você simplismente não pensa mais nele como antes. Nessa hora você se pergunta ''o que aconteceu com todo aquele amor?'' Aconteceu que você finalmente percebeu que não precisa mais dele. Cada dia que passa o sentimento que voce sentia diminui. Você volta a viver e então, você percebe que aquele não era o amor da sua vida. O amor da sua vida esta la fora, lhe esperando, em qualquer lugar e ele aparecerá na hora certa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um suspiro de alívio.

"Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo. E ele sempre foi essa pessoa. Eu sempre pensei que de nada adiantava uma incessante busca, quando eu na verdade sabia exatamente onde se encontrava o que eu mais queria.

Eu sempre disse a mim mesma: é claro que isso passa. É claro que eu vou esquecê-lo, no futuro eu não vou sentir mais nada por ele. Parece até que isso era uma espécie de talismã pra que eu pudesse continuar toda vez que via alguma foto sua toda vez que alguém mencionava seu nome, quando eu involuntariamente relia cartas antigas, sentia seu perfume na rua ou toda vez que acordava assustada depois de passar mais uma noite com ele nos meus sonhos. É, mas no fundo eu também sabia que esse talismã ai não servia pra nada. Porque quando alguém me perguntava por ele, meu coração continuava acelerando, quando sentia seu perfume, minhas pernas ainda ficavam bambas, e quando sonhava com ele, eu continuava acordando encolhida agarrando o travesseiro numa tentativa fracassada de substituí-lo.

A verdade é que, eu sempre achei que seria triste tirar esse sentimento de dentro de mim. Eu me agarrava à beiradinha do meu amor, implorando pra que ele ficasse, ainda que doesse mais do que cabe em mim, eu implorava pra que pelo menos esse amor que eu sinto não me deixasse, que pelo menos ele, ainda que insuportável, não desistisse.
Sim, no lugar mais íntimo do meu eu, eu sabia que não ia passar, porque eu não queria que passasse. E toda vez que eu o encontrava, me vinha na mente tudo aquilo que eu insistentemente fingia tentar esquecer. Toda vez que o encontrava em uma festa, ou quando esbarrava com ele no centro da cidade, toda vez que tínhamos uma conversa (superficial como sempre, do tipo, como vai a família, como vai o trabalho), enfim, nessas horas eu continuava a sentir um embrulho no estômago e um calafrio na nuca que só a sua presença podia causar.

Até que algo muito estranho aconteceu. As conversas superficiais deixaram de ser superficiais. Os encontros se tornaram mais freqüentes, e um tanto quanto planejados. E então o passado voltou à tona, é como se eu tivesse apertado a tecla de retornar e o filme voltasse todinho, só que não em preto e branco, mas colorido, mais vivo que nunca. E a idéia de o ter novamente chegava a me dar arrepios, me tirou o sono por um tempo. E então ele me liga pra gente tomar um café, e eu sei que ele continua querendo a mesma coisa. Querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Querendo-me no escuro. E eu topei. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque ele me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
Acontece que, após tê-lo novamente, parece que algo mudou dentro de mim. Algo foi embora. Senti-me mais livre, mais leve, mais solta. Eu me senti libertada. Foi preciso tê-lo novamente, pra perceber que não era falta da sua pessoa que eu sentia, e sim, falta de somente ter um carinho especial, um eu te amo no meio da manhã. Senti-lo novamente tocou somente meu corpo. Minha alma e meu íntimo continuaram intactos, e sua presença se passou por mim vazia. E o que eu achei que não tinha resolução, que nunca passaria, foi embora justo com a chegada do problema. Vê-lo, e perceber que nada mais significava pra mim, foi como uma carta de alforria, como uma ilha de esperança num mar de mesmice.

Hoje eu posso afirmar de mente e coração abertos que estou finalmente bem, em paz comigo mesma. E se por muito tempo os outros eram somente outros que passavam em minha vida enquanto eu esperava o encontrar, agora ele é só mais um outro.
Eu? Eu pra ele serei sempre única e incondicionalmente aquela que ele chama de “certa”. Quando ele está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que ele encontra forças. E,quando ele está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que ele liga. E quando está longe de casa, ele gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de si mesmo. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais íntimo, é em mim que ele pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos tempos escrevendo sobre como ele era especial e como eu o amava e isso e aquilo. Mas por hoje, isso acabou. Hoje não sinto mais pena de mim por não o ter. Lamento sim por ele não me ter mais ao seu lado."

;*

Se o chão se abrir e você sentir que já não tem mais forças, confie e acredite sempre um pouco mais. Se existe o caos e a dor, também existem a fé e a esperança em algo maior, em algo melhor. Não é felicidade, amor e carinho e sim viver e aceitar que, para cada dia ou pensamento que ferir seu coração, vai existir a recompensa por tudo que você passou e, para cada sonho que perdeu, encontrará um novo sonho inteiro ao seu dispor.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Eu queria que eu fosse a sua garota favorita. Eu queria que você pensasse que eu sou a sua razão de estar no mundo. Eu queria que meu sorriso fosse o seu sorriso favorito. Eu queria que sem mim o seu coração se partisse. Eu queria ser a última coisa em que você pensasse antes de dormir. Eu queria que você precisasse de mim. Eu queria que nós pudéssemos ser algo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Te ver e não te querer

Tentei de todas as formas te apagar do meu coração... Mas hoje eu vejo que eu não tive sucesso algum, cada dia que passar você está mais nos meus pensamentos, está no meio dos meus sonhos. Eu imagino você aqui, e imagino como seria diferente se isso não tivesse tido um fim. Você é capaz de dizer que me ama? Porque eu sou louca pra ouvir essas três palavras de você outra vez.

Apple.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

To esperando, vem bater na minha porta!

Eu tento me convencer de que você me esqueceu.. Eu tento por um segundo imaginar o meu futuro sem você, lágrimas caem dos meus olhos lentamente. Eu não quero e nem posso ficar sem você. Sonho com o dia em que você entrará por aquela porta dizendo que o seu amor por mim não morreu, que todo dia pensava em mim e sentia minha falta. Por mais que eu tente não consigo apagar suas palavras da minha cabeça "você sempre será o meu amor". Eu não posso te perder, não agora.

Apple

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Olhe para mim

Hey, olhe pra mim, você consegue enxergar a minha alma? Consegue ver o meu coração sangrando? Por favor, por um único momento, olhe pra mim. Você consegue ler o que os meus olhos falam? Eu já tentei de todas as formas dizer o que eu sinto, mas as palavras não saem corretamente. Eu não preciso de você para viver, eu sei, eu só preciso de você aqui comigo pra saber que vai ficar tudo bem. Eu não preciso que você sinta pena de mim, isso eu já sinto demais, eu só preciso que você dedique um pouco do seu amor a mim, você pode me amar?

Apple.
Você aprendeu o modo mais difícil de fechar a boca e sorrir. Se estas paredes pudessem falar, elas teriam muito a dizer, porque toda vez que você luta, as cicatrizes vão se curar.. mas elas nunca irão desaparecer.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu deveria ter notado quando as rosas morreram
Deveria ter visto o fim do verão em seus olhos
Eu deveria ter ouvido quando você disse boa noite
Você realmente estava dando adeus
Baby, não é engraçado como nunca se aprende a cair
Você está realmente de joelhos quando pensa que está de pé
Mas somente os tolos são os sabe-tudo e eu brinquei de tolo para você
Eu chorei e chorei todas as noites
E houve noites que eu morri por você baby
Eu tentei e tentei negar que seu amor me deixou louco baby
Se o amor que eu tinha por você se acabou
Se o rio que eu chorei não foi suficiente
Então eu errei, sim eu errei
Esta não é uma canção de amor
Baby, eu pensei que você e eu poderíamos
Passar pelo teste do tempo
Como nós teríamos escapado com o crime perfeito
Mas nós fomos apenas uma lenda em minha mente
Acho que eu estava cego
Lembra daquelas noites dançando no baile a fantasia
Os palhaços mostravam sorrisos que jamais poderiam desaparecer
Você e eu fomos renegados algumas coisas nunca mudam
Isso me deixou tão louco pois eu queria tanto isso para nós baby
E agora isso é tão doloroso que tudo que nós tínhamos
Não vale a pena salvar oh oh oh
Se o amor que eu tinha por você se acabou
Se o rio que eu chorei não foi suficiente
Então eu errei, sim eu errei
Esta não é uma canção de amor
Se a dor que estou sentindo é tão forte
É a razão pela qual estou agüentando
Então eu errei, sim eu errei
Esta não é uma canção de amor
Eu chorei e chorei
E houve noites que eu morri por você baby
Eu tentei e tentei negar que
Seu amor me deixou louco... baby

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

I'm a winter flower underground always thirsty for summer rain
And just like the change of seasons
I know you'll be back again

I'm Not Dead - Pink